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segunda-feira, 23 de julho de 2018

Mojubás, por Canal Futura

Ficha Youtube: Olorum, Senhor do Infinito, criou o universo. Para povoá-lo, inventou seres imateriais, conhecidos como orixás. ‘Origens’, o primeiro episódio da série ‘Mojubá’ apresenta as diferenças entre as tradições religiosas de origem africana e a luta de seus seguidores contra a perseguição até a conquista da livre expressão religiosa. São apresentadas também as relações e influências européias e indígenas nos cultos afro-brasileiros. Fica evidente como o Ayê, assim é chamado o mundo na língua iorubá, pode ser o lugar do encontro e da celebração das diferenças. Mais de quatro milhões de africanos foram obrigados a cruzar o oceano, amontoados nos porões infectos e sufocantes dos navios negreiros, em direção a uma vida desumana de escravidão no chamado ‘novo mundo’. Este número estimado por pesquisadores equivale a cerca de 40% do contingente de negros que desembarcaram nas Américas entre o final do século XV e o século XIX. Uma quantidade significativa de africanos que aportaram no país vieram da Bacia do rio Congo, de Moçambique, do Golfo da Guiné e de Angola e foram distribuídos por quase todo o território brasileiro, para realizar o trabalho braçal nos engenhos e nas usinas de cana, nas minas e nas plantações de café. Ainda hoje é possível identificar a herança da diversidade cultural africana em estados como Maranhão, por onde passaram centenas de negros do antigo Daomé, e Bahia, conhecida pela influência iorubá. A distribuição aleatória dos grupos africanos pelo país originou diferentes tradições religiosas, como o candomblé de nação ketu, oyó e ijexá nos terreiros baianos, o batuque gaúcho, o xangô pernambucano e a mina maranhense. Muitas destas linhas mesclam elementos iorubás, bantos e jejes, assim como suas variadas línguas, culturas e crenças religiosas num fenômeno que passou a ser conhecido como a diáspora africana.


Ficha Youtube: Os deuses dançam e celebram a vida e assim também fazem os que neles acreditam. As festas em grupo, o som do tambor, os movimentos da dança podem ser instrumentos de oração e reverência às forças espirituais. O divino se manifesta na comunhão da alegria e na vida festejada na companhia do próximo. Os cultos afro-brasileiros, em todas as suas cores, nos mostram a religião como ‘Comunidades e Festas’. Esse é o nome do sétimo e derradeiro programa da série ‘Mojubá’, um indicativo de que celebração também é história. Os deuses dançam e celebram a vida e assim também fazem os que neles acreditam. Os festejos em grupo, os sons dos tambores, os movimentos dos corpos de todas as cores podem ser instrumentos de oração e reverência às forças espirituais. Afinal, o divino se manifesta na comunhão da alegria com o próximo. É fácil perceber que os cultos afro-brasileiros são comunidades que dominam bem a arte de festejar, um indicativo de que celebração também é história.
Ficha Youtube

Durante cerca de trezentos anos o Brasil utilizou mão-de-obra escrava, trazida da África. Foi o país que por mais tempo e em maior quantidade recebeu africanos escravizados. Até o final do século XVII, três quartos dos africanos que chegavam ao Brasil para o trabalho escravo vinham da região Congo-Angola. Pertenciam ao chamado mundo Banto e a eles devemos muito do que somos e do que sabemos.

Os povos bantos ocupam grande parte do continente africano. Eles se concentram na faixa ao sul da linha do Equador, e estão espalhados por Camarões, Gabão, República Centro-Africana, Congo-Brazzaville, Uganda, Quênia, Tanzânia, República Democrática do Congo, Angola, Zâmbia, Zimbábue, Moçambique, Namíbia, Botsuana e África do Sul. Mas nem sempre foi assim. Os ancestrais dos povos bantos viviam na região que hoje está na fronteira norte entre a República de Camarões e a Nigéria. Durante milhares de anos, eles se movimentaram, ocupando a parte sul do continente africano.

Angola, Congo, Benguela, Monjolo, Cabinda, Rebolo. Assim eram conhecidos os primeiros africanos escravizados trazidos da região Congo-Angola para o Brasil. Os portugueses chegaram à costa do Congo no início da década de 1470. O contato com os povos africanos dessa região foi iniciado pelo navegante e explorador Diogo Cão. O principal objetivo de Portugal era o domínio do território africano através da cristianização.
Quando vieram para o Brasil, os povos bantos trabalhavam a cerâmica, praticavam a agricultura, criavam gado e animais domésticos. Dedicavam-se à fabricação de cestos, tecelagem em ráfia e à extração de sal do mar. Também já dominavam a tecnologia do ferro e da metalurgia.

Ainda que fosse maioria, os bantos no Brasil precisaram conviver e articular-se com africanos de outros universos culturais. Também foram obrigados a migrar em território brasileiro. Trabalharam na mineração do ouro, no cultivo da cana-de-açúcar e do café, do algodão e do fumo. Foram peões, boiadeiros, tropeiros, capatazes, negociantes, vendedores ambulantes, artesãos e soldados nas lutas territoriais. A fé na força das divindades africanas foi trazida pelos nossos ancestrais e é preservada por aqueles que continuam a seguí-la. O programa ‘Fé’, segundo episódio da série ‘Mojubá’, nos mostra que conhecer a origem dessa crença é conhecer parte de nossa história. A fé é revelada como instrumento de resistência, componente da identidade cultural de um povo. Veja como a religiosidade pode ser um espaço no qual a cor da cultura tem muitos tons. Desde os primórdios, os humanos cultuam as divindades a fim de assegurar o equilíbrio das forças vitais do universo. Junto com poderes, os orixás receberam tarefas. Exu, Ogum e Oxóssi, por exemplo, atuam como guardiões. Alguns reinam sobre as águas, como Iemanjá e Oxum. Iemanjá também está vinculada à infância e à maternidade, assim como Ibeji. Ossaim e Oxumarê são as entidades da natureza. O ambiente de Xangô é regido pelo fogo. Já Omolu e Nanã atuam sobre a saúde da humanidade, o que implica, muitas vezes, na doença e na morte. Exu, o princípio dinâmico que rege a vida, e Ifá, encarregado de transmitir os propósitos dos orixás aos homens, são as duas divindades que aparecem com destaque nos rituais afro-brasileiros. A casa de Exu fica próxima à entrada dos terreiros com o objetivo de proteger o espaço sagrado. Muitas vezes confundido com o conceito cristão de demônio, Exu é, na verdade, uma força que possibilita a ligação entre este mundo físico, Aiyê, e aquele habitado pelas divindades, Orum
Sobre mojubá Resultado de busca para mojubá 

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A etnia Bantu!!!

Qual o seu orixá




Sobre mojubá

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A etnia Yorubá!

Os Malineses, Bantos e Iorubás

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Eu me entendi e me fiz negra ao longo da vida, diz Fabiana Cozza



Jornal GGN - Em espetáculo que estreou em 2016, Fabiana Cozza interpreta Bola de Nieve, um artista cubano que é homem, negro e gay. Em terras tupiniquins, onde mais 47% da população se declaram pardos e 8%, negros, Fabiana se viu diante de uma decisão difícil: abrir mão de interpretar a dama do samba Dona Ivone Lara. Motivo? Não é preta o suficiente.  
 
A decisão de Fabiana veio a público há quase um mês. Em entrevista à jornalista Eliane Brum, divulgada no El País nesta segunda (2), a cantora rompe o silêncio sobre a desistência e explica o processo de construção de sua identidade negra.

domingo, 27 de maio de 2018

Para estudo da cor negra

Sonhei com vários quadros e, ao centro, um quadro negro

Negro se refere a cor

Preto se refere a etnia

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Diário de Classe, o filme

Um filme interessante, que aborda três vertentes sociais: trans, presidiárias e empregadas domésticas



"(...)


Maria José é uma empregada doméstica que luta pelos seus direitos de trabalhadora. Vinda de Cachoeira, passou por dificuldade e hoje se diz estabelecida, com uma filha pequena, que carrega para as aulas. É o ponto de equilíbrio do trio, a mais politizada e que procura seu espaço no mundo. A cena em que aconselha uma colega que faltou aula para cuidar dos filhos da patroa é o ponto alto da sua curva. 


https://www.cinepipocacult.com.br/2017/11/diarios-de-classe.html